Guerra é o que nosso povo mais conhece. As guerras de Palmares, a guerra de Canudos, as guerras das favelas, as guerras do dia-a-dia. As armas não eram suficientes para combater o inimigo e as baixas sempre foram enormes. Mas hoje é diferente; não é satisfatório, mas é diferente. Estamos combatendo com armas mais poderosas que antes, e de diversos calibres: Respeito, Auto-estima, Consciência, Inteligência. E essa guerra não vai terminar tão cedo, talvez nem termine (Thaíde – músico rapper, 2000)
Na história da raça negra no Brasil, as comemorações do dia 20 de novembro, “Dia da Consciência Negra”, surgiu por um descontentamento dos movimentos sociais com as comemorações do 13 de maio – dia da abolição da escravatura, como pode ser visto no poema de Semog:
A treze de maio fica decretado Luto oficial na comunidade negra.
E serão vistos com maus olhos aqueles que comemorarem, festivamente, esse treze inútil.
E fica o lembrete: Liberdade se toma, não se recebe
Dignidade se adquire, não se concede.(1979)
No Brasil, como em diversos lugares do mundo, o racismo sempre foi negado. E para dar visibilidade a este tema, mostrar como o país desconhece, desvaloriza e discrimina os negros é que os movimentos sociais escolheram esta data.
20 de novembro é a data do assassinato de Zumbi, o mais importante líder da maior e mais importante comunidade de escravos fugidos das Américas – os quilombos de Palmares. Essa comunidade tinha uma população estimada de mais 30 mil negros.
Oliveira Silveira, poeta gaúcho, em seus poemas, também mostrava o sentimento que tinha sobre o 13 de maio: "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão". E foi ele, há 32 anos atrás quem sugeriu a seus companheiros de movimento a mudança das comemorações para o dia 20 de novembro, que considerava mais significativo que o 13 de maio.
O 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez no ano de 1971. A idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado.
A treze de maio fica decretado Luto oficial na comunidade negra.
E serão vistos com maus olhos aqueles que comemorarem, festivamente, esse treze inútil.
E fica o lembrete: Liberdade se toma, não se recebe
Dignidade se adquire, não se concede.(1979)
No Brasil, como em diversos lugares do mundo, o racismo sempre foi negado. E para dar visibilidade a este tema, mostrar como o país desconhece, desvaloriza e discrimina os negros é que os movimentos sociais escolheram esta data.
20 de novembro é a data do assassinato de Zumbi, o mais importante líder da maior e mais importante comunidade de escravos fugidos das Américas – os quilombos de Palmares. Essa comunidade tinha uma população estimada de mais 30 mil negros.
Oliveira Silveira, poeta gaúcho, em seus poemas, também mostrava o sentimento que tinha sobre o 13 de maio: "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão". E foi ele, há 32 anos atrás quem sugeriu a seus companheiros de movimento a mudança das comemorações para o dia 20 de novembro, que considerava mais significativo que o 13 de maio.
O 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez no ano de 1971. A idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado.
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