quarta-feira, 21 de março de 2012

DIA DE LUTA 2


O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de Março, porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do 21. A primeira comemoração da data foi em 2006.

A Síndrome de Down é uma alteração genética causada pela presença de um cromossomo a mais (o par 21). Por isso também é conhecida como trissomia do 21.
No passado, esses sintomas indicavam uma vida curta, entre 12 e 15 anos. Mas, com os avanços da medicina, cirurgias corretivas propiciam a melhora na qualidade de vida e o aumento da expectativa de vida, que hoje está entre 60 e 70 anos. Quanto mais precoce for a intervenção, melhor será a qualidade de vida do portador da síndrome.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casos no país supera os 300 mil. A síndrome de Down pode atingir um entre 800 ou 1000 recém-nascidos. A variação deve-se ao fato de a incidência do distúrbio aumentar em filhos de mulheres mais velhas.

O que mudou e o que ainda pode melhorar

“Além das inovações tecnológicas, as políticas públicas foram avançando e contribuindo para a inclusão social”. Um exemplo é o Estatuto da Criança e do Adolescente, a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – de 1996 (nº 9.394/ 96), que assegura aos alunos com deficiência o direito a currículo, métodos, recursos educativos e de organização específicos para atender às suas necessidades.
Conhecida como Lei de Cotas, a lei nº 8.213, de 1991, prevê a contratação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o que obviamente também favoreceu as pessoas com Down. “Já em 2006, criou-se a Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, para promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e igual dos direitos humanos pelas pessoas com deficiência”.
As Nações Unidas trabalharam por décadas para garantir o bem-estar e os direitos humanos de todas as pessoas e que esses esforços foram fortalecidos com a adoção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2006. A convenção “incorpora a mudança de paradigma no qual as pessoas com deficiência não são mais consideradas objetos de cuidados e caridade, mas pessoas com direitos iguais e que podem trazer uma grande contribuição para a sociedade dentro de seus próprios direitos.
Mas muito temos a caminhar nessa luta. Muitas coisas ainda faltam para melhorar a vida da pessoa com síndrome de Down : que elas sejam vistas como cidadãos, sem classificações dentro dos mitos relacionados à síndrome. Entre eles, pré-conceitos como a eterna infância, agressividade ou excesso de afeto, hipersexualidade. “Ainda lutamos contra essas barreiras e a superproteção das famílias que impedem a participação social dos portadores de Down ao mesmo tempo em que comemoramos a conquista de estudantes no Ensino Superior no Brasil”.
Em muitos casos, a eles é frequentemente negado o direito igual perante a lei e também o direito de voto e de ser votado. O preconceito de que crianças com a Síndrome de Down atrapalham o aprendizado de outras crianças levam pais a colocarem seus filhos em escolas especializadas ou a mantê-los em casa.
“Em muitos países, eles continuam a enfrentar o estigma e a discriminação, bem como barreiras legais, de comportamentos e ambientais que impedem sua participação em suas comunidades”.
As pessoas com síndrome de Down podem e devem se preparar para uma vida adulta, se emancipar, adquirir responsabilidades e trabalhar. Cabe a sociedade continuar ampliando as oportunidades de inclusão para eles, nos âmbitos social, escolar e profissional.
A LUTA CONTINUA!!!

http://www.netosdesalim.com.br/dia-mundial-da-sindrome-de-down.html

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